Ultimamente, em todos os dias úteis da semana, o Hospital Municipal Santos Dangoni (HSD), em Goianira, se encontra lotado. Na noite de ontem, segunda-feira (6), os moradores chamaram nossa reportagem para demonstrar o descaso do governo municipal com os cidadãos doentes. A fila de espera para o atendimento chega a demorar mais de 3 horas, seja para fazer uma consulta ou mostrar somente um exame.
A moradora do Padre Pelágio Liduína Pereira, fez a ficha no hospital às 18h30 e quando a reportagem a entrevistou, às 21h15, a mulher tinha passado apenas pela triagem e não tinha ideia que horas seria atendida pelo médico, “tenho aneurisma cerebral, cheguei passando muito mal. Estou vomitando e com muita dor de cabeça. Apenas mediram minha pressão. O atendimento demora demais, é difícil ser rápido. Por conta do meu problema, eu venho direto, e toda vez é assim. Teve um dia que cheguei aqui de tardizinha e fui atendida 01h00 da manhã”, disse indignada.
Entre tantas horas de espera estava Viviane Almeida, aguardando há 2 horas para mostrar resultado de um exame. Segundo ela, no último sábado (4) teve hemorragia e foi levada para o hospital onde foi atendida “até rápido”. “Eu só fui atendida rápido porque estava sangrando e era final de semana. Mas a demora está grande”, declarou a moradora do bairro Montagno.
Deilson José, chegou por volta das 19h30 com a esposa sentindo dores na barriga. De acordo com ele, levou a mulher ao hospital no domingo (5), onde foi internada, tomou soro e foi liberada, “no domingo o atendimento foi rápido, era domingo, né? Segunda-feira é cheio, muita gente e só tem um médico. Ela já está a uma hora e meia sentindo dor”, disse o trabalhador preocupado.
OUTRO PROBLEMA
Durante a reportagem, flagramos que 80% das cadeiras na sala de recepção estão estragadas. Faltam encosto para as costas e algumas estão sem o assento – apenas o ferro –, e devido ao grande número de pacientes, as pessoas acabam sentando no ferro, pois não tem outro local para sentar. Para quem está se sentindo mal, ficar em pé ou sentar em um banco, sem onde encostar, é muito desconfortável para ficar aguardando horas para ser atendido.
A reportagem entrou em contato com a diretora do hospital, Marlucy Garcia, mas até o fechamento da matéria não conseguimos resposta de quantos médicos estavam ontem e estão diariamente no local.