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Na madrugada desta quinta-feira (29) Gilvania Ferreira, 30 anos, faleceu no leito do Hospital Goianira – particular –, por falta de assistência do Hospital Municipal Santos Dangoni, através da Secretaria de Saúde em regular a mulher para Goiânia.  De acordo com o médico e proprietário da unidade particular, Dr. Gaspar, Gilvania deu à luz a uma menina no dia 17 deste mês.  Segundo ele, o parto normal não teve nenhum procedimento cirúrgico e foi espontâneo. Já em casa, no último sábado (24) ela começou a passar mal com dores no corpo.

“Ela foi sábado passado no hospital municipal com dor lombar e no ombro esquerdo. Foi medicada e voltou pra casa. Mas, na segunda-feira [26] voltou a sentir as dores no corpo e foi novamente medicada no Santos Dangoni. Na terça, foi feito uma hemograma, exame de urina, sangue e ultrassom no ombro”, explicou o doutor.

Ainda segundo Dr. Gaspar, Gilvania deu entrada em seu hospital na tarde de ontem, às 14h. “Ela estava com pressão baixíssima, 4 por 2, suando muito, manchas pelo corpo, vomitando sangue e inconsciente. Eu e a Drª Bruna fizemos o atendimento de urgência com oxigênio e hidratação de soro. Após isso, o quadro dela estabilizou”, contou o médico.  Os exames realizados através da Secretaria de Saúde foram mostrados pela família ao médico, onde familiares estiverem presentes desde o início da internação da jovem.

O exame de sangue apresentou que as plaquetas estavam baixas, como informou o médico, “a suspeita era que ela estava com dengue hemorrágica, pois estava com febre, suando, manchas na pele e vomitando sangue”.

SUPOSTA NEGLIGÊNCIA

Em entrevista ao Portal Goianira, Dr. Gaspar falou que a diretora do Santos Dangoni, Marluce Garcia, se recusou a regular a mulher para Goiânia. “O estado era grave e necessário ser levada para a UTI [Unidade de Tratamento Intensivo]. Avisei a família, passamos o dia todo tentando transferir ela, conseguimos ao anoitecer uma vaga no Hospital Leste-Oeste em Goiânia, mas o hospital municipal não arrumou a ambulância para levar. A partir das 23h, o estado dela se agravou e infelizmente morreu às 00h07 de hoje”, disse Dr. Gaspar estarrecido.

Segundo informações de funcionários, o prefeito Miller de Assis (PSD) chegou ir à porta do hospital, mas já era tarde. O corpo de Gilvania Ferreira foi retirado pela funerária, às 7h da manhã e levado à Goiânia para necropsia. Segundo o médico, o laudo da causa da morte deve ficar pronto em 45 dias. 

REPRODUÇÃO/FACEBOOKFAMÍLIA REVOLTADA

Após a morte da mulher, familiares e amigos foram até a porta do hospital municipal e quebraram a porta da unidade de saúde. Em uma rede social, a irmã de Gilvania publicou um desafabo. 

 

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Goianira, mas até o fechamento da publicação não obtivemos resposta do caso.