Neste 24 de outubro de 2021, Goiânia está completando 88 anos. E Goianira tem tudo a ver com o desenvolvimento da Capital.

Goianira era São Geraldo quando Goiânia ainda não existia nem na imaginação de seu fundador, Pedro Ludovico Teixeira. E uma fez surgir a outra, crescendo juntas.

Para a construção da Capital, Goianira teve papel importante. Colaborou com mão de obra, material e, principalmente, inspiração.

Nas últimas décadas, Goiânia tentou se firmar (no atual mandato, desistiu) com um título para o qual Goianira foi preponderante: o de cidade das flores, orgulho inicial de... Goianira, que assim foi chamada durante décadas.

Campinas, que deu origem a Goiânia, já era apelidada de Campininha das Flores quando a sede administrativa do Estado ainda era em Vila Boa. E Goianira fornecia especialistas e plantas para Campinas poetizar suas cores, seus aromas e seu festival incessante de lindas borboletas.

Mérito claro de famílias goianirenses, que com seus experts em flores se estabeleceram em Goiânia e passaram a embelezar também a nova Capital.

Os floristas que se mudaram para Campinas abriram suas lojas ao redor da Matriz e onde depois seria a Avenida 24 de Outubro. E dali se irradiava o esplendor.

A simbiose entre Goiânia e Goianira continuou e atualmente são conurbadas — ou seja, grudadas, uma povoação encontrou a outra.

O prefeito de Goianira, Carlão Andrade, é presidente da Associação Goiana de Municípios, a AGM, que reúne as 246 cidades de Goiás, inclusive a Capital. Carlão está no quarto mandato e uma de suas metas é mantida a pleno vapor: recuperar o título de cidade das flores, pois Goiânia abriu mão da glória.

As primeiras plantações da retomada estão prosperando e Carlão diz que vai continuar. O novo normal em Goianira será a universalização dos encantos iniciais — o das rodas, dos girassóis e tantas outra espécies.

No próximo aniversário de Goianira, a capital das flores será a antiga São Geraldo.

Parabéns para Goiânia, que tem muito a agradecer a Goianira — e vice-versa.