Claudio Teodoro é servidor público Estadual há 15 anos, exercendo a função de Agente de Policia. Tem Graduação em Tecnologia da Informação, Administração e Pós-Graduação em Analise Criminal.
Tem Especialização técnica em: Analise Criminal, Investigação Criminal, Combate a Lavagem de Dinheiro, Gestão em Segurança Pública, Trafico de Seres Humanos, entre outros.
Atuou recentemente nas Atividades de Operações Especiais, Delegacias de Homicídios (DIH) e Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher (DEAM).
Atualmente trabalha na Delegacia de Policia Civil de Goianira.
Segurança. É a percepção de se estar protegido de riscos, perigos ou perdas. Eu costumo falar que é a sensação de estar protegido. E explico: A mesma rua que você anda hoje lhe proporcionando tranqüilidade e segurança amanha pode não ser. Basta para isso não haver poda de arvores, lâmpadas que não funciona, mato alto e se houver ao menos um boato de que tem um marginal perigoso por perto, pronto esta rua já não é mais segura e o pavor tomará conta.
Para que haja boa segurança tem que haver uma continuidade, e a confiabilidade. E o Sistema de segurança deve fazer exames nas ações dos agentes ativos que conduz o sistema, isso em ato contínuo, elevando o fator confiabilidade.
A nossa segurança, de bem comum, é divulgada e assegurada através de um conjunto de convenções sociais, denominadas medidas de segurança. Exercida pelo Estado em consonância com a comunidade e vice e versa.
Para que isso aconteça há varias medidas específicas para cada área de atuação humana, pois em cada situação, há um conjunto específico de medidas a serem tomadas. Vamos no momento atentar para, Segurança Pública que é uma sequência contínua de fatos ou operações que apresentam certa unidade ou que se reproduzem com certa regularidade, que compartilha uma visão focada em componentes preventivos, repressivos, e sociais. É um processo sistêmico, pela necessidade da integração de um conjunto de conhecimentos e ferramentas estatais que devem interagir na mesma visão, compromissos e objetivos. Deve ser também otimizado, pois dependem de decisões rápidas e resultados imediatos.
Quem tem uma melhor percepção já percebeu que a segurança pública está sendo tratada apenas como medidas de vigilância e repressão, e não como um sistema integrado e otimizado onde envolvem ações de prevenção, coação, justiça, defesa dos direitos, saúde e social. É bom lembrar que Segurança Pública se inicia pela prevenção e finda na reparação do dano, no tratamento das causas e na reinclusão na sociedade do autor do ilícito.
Em meu dia a dia vejo uma comunidade descontente com os representantes do Poder público e Judiciário. A Polícia vira saco de pancada na boca dos pseudos entendidos em segurança pública, como se o problema de insegurança se resolvesse com ações policiais, sem nem mesmo terem ciência dos recursos escassos e desatualizados do aparato policial.
Porque será que não vejo esses especialistas em segurança se organizarem por exemplo, para a criação ou estruturação caso exista, de Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGs) constituídos por pessoas de uma mesma comunidade que se reúnem para discutir problemas de segurança pública, com o objetivo principal de organizar a comunidade e aproximá-la das polícias estaduais (Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica), é bom saber que esse é o meio de comunicação eficaz entre comunidade e Estado. Me esclareceu alguém um dia que eu não vejo esses benditos especialistas trabalhando para melhorar a segurança, por que são ligados aos maus representantes dos poderes Legislativos e Executivos. Que assim preferem o caos social para justificar suas lambanças diárias.
Com um CONSEGs forte a comunidade consegue ter prevenção, porque para prevenir eficazmente é preciso identificar problemas e controlar fatores de risco de múltiplas origens que é a função dos Conselhos.
A participação em um CONSEG compete a todo cidadão que assume a sua parcela na responsabilidade de buscar ativamente soluções para os problemas de segurança pública e esteja disposto a colaborar com o bem-estar da comunidade da qual faz parte. Caro cidadão de bem reaja, lute se intere dos fatos e conhecimentos se organizem, porque será o nosso mais valioso legado que deixaremos a nossos filhos e netos, então tenhamos passados por aqui com a sensação de que formos úteis.
Para que o caos se estabeleça basta os bons nada fazerem.
Pedro Henrique Ferreira de Moraes de Goianira/GO 30 de Setembro de 2015 às 18:15:23h
Muito realista a sua análise situacional Cláudio, acontece que o cidadão brasileiro é criado e educado para ser omisso e enxergar o estado como uma babá particular, essa nossa doutrinação maléfica e histórica deve ser modificada o mais rapidamente possível, sob pena de entregarmos nossas liberdades individuais a tiranos, seja do estado ou do próprio povo, a frase de Edmund Burke citada no final do artigo tem tudo haver com a nossas necessidades. Está é a hora! Sim, reaja!